sábado, 24 de outubro de 2009

EDMAR BERNARDES

Edmar Bernardes, guerrilheiro em causa própria
As amizades que se formam dentro da Gaviões da Fiel são para a vida toda. Assim foi com Robertinho Daga e Edmar Bernardes, que apareceu na torcida organizada bem depois de sua fundação, no fim da década de 1980. Robertinho foi padrinho de casamento de Edmar, que foi padrinho do primeiro casamento de Robertinho, que é padrinho do filho de Edmar, que apadrinhou Vinícius, primeiro filho de Robertinho.
Conheceram-se ali mesmo na sede dos Gaviões, no Bom Retiro, quando Robertinho fazia uma reunião de apresentação para os novos sócios. O novo Gavião devia ter 14 anos. É de Edmar a idéia de levar um lema para os Gaviões da Fiel. Lealdade, Humildade e Procedimento, ou somente LHP, é um ensinamento aprendido nos anos em que Edmar passou cumprindo pena na Casa de Detenção, em São Paulo. Lá, para sobreviver é preciso ser leal, humilde e ter um bom proceder. O mesmo vale na vida. Na época, o presidente dos Gaviões era o Alex, que aceitou de prontidão o lema. Entendeu que, mesmo vindo da Casa de Detenção, eram três condições que cabiam em qualquer realidade. Depois, escreveu algumas frases usadas pelos Gaviões da Fiel e que servem de ensinamento para as próximas gerações como “A corrente jamais será quebrada”. Era véspera de um jogo contra o São Paulo, em 1992, quando Edmar foi encontrado morto na Barra do Saí, em Santa Catarina. Tinha cerca de 30 anos e havia sido assassinado com um tiro de calibre 12, pelas costas, exatamente como Inaté José da Silva, a quem tinha uma grande admiração. Até hoje ninguém sabe quem tirou a vida do corinthiano. “Edmar era um guerrilheiro em causa própria”, define Robertinho, saudoso.

Um comentário:

  1. Se não sabe a história ao certo, não escreva errado fatos sobre os Gaviões, como voce fez nesse texto.

    Rafael Gonzaga Cunha

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